Pequeno brilho esquecido,
no chão perdido...Brilho na noite escura,
da fantasia púrpura.
Que fazes aí na avenida?
Choras por ter sido esquecida?
Rastro das noites de folia,
passagem de um sonho-alegria.
Resto de um carnaval,
lembrança de um alto-astral;
recordação de um beijo qualquer,
de um abraço que se quer.
Lantejoula perdida no chão
do quarto em solidão...
Testemunha de loucuras
nas noites escuras.
Réstia de luz no juízo ausente,
no desejo de sexo quente;
na ânsia dos corpos suados
necessitando sentirem-se amados,
nos conflitos da libertinagem
confundidos com liberdade.
Brilho cego desta paisagem,
vou dizer-te uma verdade:
_Lantejoula, perdida num cantinho,
tu és um pedaço de mau caminho!!!
(Poesia e imagem de Regina Célia de Jesus / regininhailhabela; direito autoral reservado conforme a Lei nº 9.610/98 – a Lei de Direitos Autorais. Se desejar copiar algo deste blog, leve os créditos e links completos)
(Poesia escrita em 1982 porém somente publicada em 25/02/2012 em "http://www.astormentas.com/PT/par/poema/3661/LANTEJOULA" e em seguida neste blog)
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