GAIVOTA-VIDA
Amor, amigo meu,
Queria tanto
Contigo conviver,
Soltar-se dos sonhos meus!
Ah! _Vida minha menina,
Presa nesse corpo-cela,
Neste amontoado de células
Que se agitam,
Berram,
Gritam...
Eu entendo o teu recado;
(É tão simples, é tão claro);
_Queres brincar
De Viver,
De sair por ai,
De ser!
E choras por não poder,
E gritas por não morrer.
Vai, insista mais uma vez;
Teima, teima até poder
E esquecer-te de cansar...
Vai, gaivota-vida
Sobrevoa a minha dor,
Solta-te do meu corpo;
Continua a buscar
Teu alimento
Sagrado,
Sangrento:
O amor!
(texto e imagem de Regina Célia de Jesus - ano de 1989/ regininhailhabela; direito autoral reservado conforme a Lei nº 9.610/98 – a Lei de Direitos Autorais. Se desejar copiar algo deste blog, leve os créditos e links completos) (publicado em http://www.astormentas.com/PT/par/poema/8996/GAIVOTA-VIDA).