Olhe bem para mim:
Sou uma mulher,
Muito mas que um corpo,
Um porto,
Que te espera,
Que te procura
Em ondas de ternura.
Ancora aqui a tua amargura.
Não tenhas medo
Do meu chamego.
Na tua vida corrida
Esta faltando um enredo,
Um caso de amor incurável...
Que leve à vida
Irremediável
Feito ferida benigna,
Que não mata mas avisa
Que o tempo vai como o vento,
Esteja em cada momento...
Não te escondas dessa onda,
Dessa chama nas entranhas,
Desse chamego entre almas,Dessa ternura, dessa calma
Considerada antiguada
Mas continua
Contida,
Nua,
Pura.
(texto e imagem de Regina Célia de Jesus - do ano 1988/ regininhailhabela; direito autoral reservado conforme a Lei nº 9.610/98 – a Lei de Direitos Autorais. Se desejar copiar algo deste blog, leve os créditos e links completos) (publecado em: http://www.astormentas.com/pt/par/poema/8998/TERNURA%20NUA)